terça-feira, 25 de outubro de 2011

Dica de Filme

O Solista

Título original: (The Soloist)
Lançamento: 2009 (França, EUA, Inglaterra)
Direção: Joe Wright
Atores: Jamie Foxx, Robert Downey Jr., Michael Bunin, Marcos de Silvas.
Duração: 117 min
Gênero: Drama
O filme conta a história do encontro entre Steve Lopez e Nathaniel Ayers. Steve é um jornalista de Los Angeles que está a procura de uma matéria diferente para sua coluna, algo incomum. Pelas ruas de Los Angeles ele ouve o som de uma música tocada por Nathaniel, um músico que habita as ruas da cidade e sofre de esquizofrenia, e passa horas tocando belas canções em um velho violino de duas cordas. Começa assim uma amizade transformadora. O filme é baseado em fatos reais.
E por que recomendo? A ótima atuação de Jamie Foxx já seria um bom pretexto, mas o filme é bonito pela sensibilidade com que a história real é retratada, por mostrar um personagem com transtorno psíquico sem preconceito ou exageros caricaturais. Nathaniel, assim como os demais personagens é humano, simplesmente isto, e é cativante por esta qualidade. A amizade como potencial transformadora da vida dos que nela se envolvem é um dos pontos principais do filme, pois abre muitas reflexões sobre a amizade em si, o que é terapêutico, e o terapêutico existente na amizade. Um filme lindo e inspirador para pensar sobre as relações com a loucura, com o diferente, com a incerteza, o que pode promover a escuta, o acolher, o estar junto. 

 Por Bruna Crixel

Um comentário:

  1. Assisti esse filme no ano passado e esse ano novamente em uma ocasião que comentarei em outro momento. Me toca muito a forma como é abordada a questão da amizade, sobretudo por que há essa relação entre duas pessoas que estão marcadas - cada um a seu modo - por uma obsessão pela perfeição: um pela escrita de algo verdadeiramente potente que dê sentido ao seu fazer jornalístico; outro pela sua imersão na musicalidade nesse universo sinfônico sufocante... Há algo de comum ali, entre esses dois seres que se beneficiam da amizade que se torna terapêutica. Acho que para além de um diagnóstico de esquizofrenia (e de uma possível neurose), que aliás é colocado com uma certa violência do ponto de vista de Nathaniel (do meu também), o que está em jogo na maior parte do tempo é justamente essa relação de recíproca, de troca, de afeto.

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